Piscina e jardim em armonia: Projeto Benedito Abbud

Jardim assinado por Benedito Abbud no Guarujá é marcado pela diversidade de espécies nativas Ao contrário do que muita gente pensa, o arquiteto paisagista não é responsável apenas pela escolha das espécies a serem plantadas […]

Jardim assinado por Benedito Abbud no Guarujá é marcado pela diversidade de espécies nativas

Ao contrário do que muita gente pensa, o arquiteto paisagista não é responsável apenas pela escolha das espécies a serem plantadas nos jardins, mas sim pelo planejamento das áreas externas como um todo. Assim, plantas, móveis, revestimentos e piscinas devem estar em harmonia, como no projeto de Benedito Abbud para esta casa na praia de Tijucopava, no Guarujá (SP), onde o desenho e a dimensão da piscina fazem dela o centro das atenções.

 
Um quiosque com espreguiçadeiras serve de área de apoio à piscina

O pergolado do terceiro piso da casa abriga espécies aromáticas

Moldura perfeita

 

Foto: Divulgação

Benedito Abbud priorizou as espécies nativas, pois elas se adaptam melhor ao clima e ao solo locais

A vegetação escolhida para o entorno da piscina é rica em espécies nativas, como cariota, pandanus e alpínia. “Decidi usá-las porque se adaptam melhor ao clima e ao solo locais”, afirma o paisagista. São espécies que exigem irrigação constante (que deve ser reduzida no inverno) e acompanhamento mensal para prevenção de pragas e outras doenças.

 Para proporcionar verticalidade ao ambiente, o profissional optou por coqueiros Coco nucifera, que não perdem folhas com frequência e têm fácil manutenção. Exigem apenas irrigação constante, sem deixar o solo encharcado. Para atrair pássaros, também foram plantadas árvores frutíferas como limoeiro, jabuticabeira e pitangueira.

 Canteiros de grama-amendoim em formatos orgânicos harmonizam com o desenho da piscina. Para manter o gramado bonito, de acordo com o paisagista, é necessário ter um solo bem preparado. “É preciso fazer uma adubação periódica, além de irrigar constantemente, sem encharcar a terra. E, se for uma área de circulação, deve-se fazer também a descompactação do gramado com soro para aerar o solo”, diz. Outra dica é que o local tenha boa insolação.

 

Segmentação

Foto: Divulgação

Entre as espécies escolhidas para o pergolado, estão estrelítzias, pandanus e bromélias

O projeto paisagístico engloba ainda mais quatro ambientes distribuídos nos três andares da casa – tudo devidamente projetado em conjunto com o escritório de arquitetura de Doroti Riotto, responsável pela reforma da casa. Enquanto um quiosque com espreguiçadeiras faz as vezes de área de apoio à piscina, “ideal para relaxamento, descanso e contemplação”, segundo Abbud, um pergolado no terceiro piso abriga espécies aromáticas como primavera, sapatinho-de-judeu, estrelítzia, pandanus, bromélias e clúsias. As plantas foram escolhidas por suportarem bem dias de sol intenso, vento e chuva.

 Um caminho de pedras, que vai do estacionamento à varanda íntima, também chama atenção com seu canteiro de palmeiras-de-Bismarck e rabo-de-peixe, pontuadas por alpínias vermelhas.

 

Jardim zen

Foto: Divulgação

Estofados e almofadas de tecidos náuticos decoram o gazebo, na varanda íntima

  O projeto da varanda íntima, de onde se tem uma bela vista do mar, também ficou por conta do escritório de Benedito Abbud. O paisagismo mescla cores, formas, texturas e estilos.

 No centro do ambiente, os pedriscos acomodam um gazebo com estofados e almofadas de tecidos náuticos, resistentes ao clima local. Ali também foram colocados bambus-mossô em vasos de concreto leve, com a parte superior desmontável e em fibra de vidro.

 Na linha do guarda-corpo, completam a paisagem um bebedouro para passarinhos e vasinhos com temperos, ervas e pequenas trepadeiras.

 O projeto está de acordo com o que Benedito Abbud acredita ser a principal tendência no paisagismo atual: fazer as pessoas resgatarem suas origens, aproximando-as da natureza e despertando nelas os cinco sentidos. “A visão, por meio das cores das plantas; o olfato, pelo aroma das flores; o paladar, pelas espécies frutíferas; o tato, nas diferentes texturas; e a audição, estimulada pelo canto dos pássaros atraídos pelas frutíferas, pelo farfalhar das folhas ao vento e o barulhinho gostoso da água caindo das fontes e cascatas.”

 Fonte:http://delas.ig.com.br/casa

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