Pequenos espaços, grandes jardins
Não é preciso morar num sítio ou em uma área ampla para ter um pouco de natureza ao redor
Não é preciso morar numa área ampla para ter um jardim verdejante ao alcance das mãos e dos olhos, mesmo nos grandes centros urbanos. “Com a verticalização das cidades, surgiu uma demanda para o paisagismo em pequenos espaços, principalmente em apartamentos. Além das sacadas, recorremos aos vasos para alegrar os ambientes internos”, dizem as paisagistas Luciana e Ana Clarissa Wolff.
Nos canteiros, Luppi optou por palmeira-ráfia (esquerda), pleomele (direita, ao fundo) e bambus-mossô (direita)
Aparentemente quanto menor o projeto, menos trabalho. Mas não é bem assim, pois desenvolver soluções para espaços reduzidos pode ser mais complicado do que se imagina. “O maior desafio é trazer a estética sem tirar a funcionalidade do local e não deixá-lo intransitável”, afirma o paisagista Eduardo Luppi.
Para que a iniciativa não seja frustrada é essencial tomar alguns cuidados básicos. O primeiro deles é a seleção das espécies corretas, etapa fundamental para o sucesso da área verde. “Evite plantas com sistema radicular agressivo, como o Ficus benjamina, porque suas raízes crescem muito e quebram os vasos”, revela a paisagista Paula Magaldi.
Outro ponto determinante são as condições climáticas do local, principalmente insolação e ventilação. “É preciso verificar a incidência de luz natural para definir a disposição das plantas e dos espaços. O mesmo ocorre com a intensidade de ventos, uma vez que elas têm capacidades de resistência diferentes”, ensina o paisagista Sergio Santana.
Aproveite bem a área livre
Depois de escolher os exemplares, é hora de estudar as melhores alternativas para aproveitar a área disponível. Uma delas, de acordo com Paula, é optar por vasos altos. “Eles têm diâmetro menor e oferecem um visual impactante, além de destacar as espécies”.
Na lista de opções, ainda há espaço para prateleiras, jardins verticais e vasos dispostos na parede. “São boas sugestões para metragens enxutas, pois liberam espaço para a circulação”, conta Luppi.
Na decoração, vale apostar em detalhes, como bancos, futons, fontes e espelhos d’água. “Esses complementos fazem uma enorme diferença para compor a identidade do paisagismo. Mas lembre-se, eles precisam estar em sintonia com o estilo e a volumetria da casa”, diz Luciana.
E não esqueça de caprichar na iluminação, característica que valoriza o projeto. “Ela é fundamental, deve destacar a vegetação e clarear os ambientes criados de maneira adequada e confortável ao morador”, afirma Santana.
O próximo passo é olhar ao redor e identificar o local mais apropriado para receber o novo jardim. Afinal, plantas e flores são sempre bem-vindas em qualquer espaço, seja ele de grande ou pequena proporção.
Confira uma lista com as espécies recomendadas para espaços pequenos:
Agave
Alpínia vermelha
Aroeira
Asplênio
Ardísia
Azaleia
Babosa-de-pau
Bambu-mossô
Bela-emília
Buxinho
Calateia
Camélia
Chamaedória elegante
Clúsia
Dracena
Dracena-bambu
Eugênia
Estrelítzia
Flor-de-coral
Fórmio
Helicônia-pêndula
Ipê-de-jardim
Jabuticabeira híbrida
Lágrima-de-cristo
Lança-de-são-jorge
Lírio-da-paz
Maranta
Palmeira-fênix
Palmeira-ráfia
Palmeira-véitia
Pândano-rasteiro
Pata-de-elefante
Papiro
Pleomele
Plumeria
Romãzeira
Nas fotos e pela ordem:
Eduardo Luppi integrou na paisagem murta, barba-de-serpente, bambu-mossô, grama-preta anã, buxinho e azaleia-anã
O jardim ganhou um painel de madeira cumaru, dois vasos que servem como espelhos d’água e uma dupla de charmosas lanternas
Destaque para o espelho d’água e a palmeira-fênix (direita)
A estante escolhida por Luppi acolhe um grande número de vasos e diversas espécies
Ervas aromáticas foram dispostas sobre a bancada, desenvolvida para esconder as unidades externas do ar condicionado
Paula Magaldi combina a Yucca gloriosa com uma lanterna de bronze e um pequeno bonsai
Neste ambiente, Paula usa vasos alongados que realçam os pândanos
Jardim vertical com várias espécies elaborado por Paula
Paula usou patas-de-elefante em vasos de barro sobre cruzetas com pedriscos
No projeto, Sergio Santana usou plantas nativas do Rio de Janeiro para integrá-lo à natureza da Lagoa da Tijuca, que pode ser vista da casa
O espaço ganhou um ofurô revestido por pedras esculpidas e um espelho d’água ao redor
Entre as espécies utilizadas estão bromélias e orquídeas
Luciana e Ana Clarissa Wolff criaram um espaço com espécies resistentes e duráveis, como o mandacaru e o agave
(Clique na foto para ampliar)
Fonte: Conteúdo do site IG-http://delas.ig.com.br/casa/
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